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quinta-feira, 31 de agosto de 2017

DO MOTIVO PORQUE NÃO DISCERNIMOS BEM NOS ASSUNTOS REFERENTES A NÓS MESMOS, E DO MODO COMO DISCERNIR BEM NESTE ASSUNTO.



"O motivo porque não discernimos bem nas coisas referentes a nós mesmos e noutros assuntos, é porque tomamo-nos de simpatia ou de antipatia pela coisa logo à primeira vista. A inteligência fica, então, obscurecida e não poderá elaborar um reto conceito do objeto em questão. 


Para que estejas livre deste engano, cuida, quanto podes, em ter tua vontade livre de qualquer afeto desordenado


E quando se te propõe qualquer objeto, contempla-o com a inteligência, antes que tuas inclinações naturais te movam a desejar a coisa porque ela causa prazer, ou a rejeitá-la se é contrária a teus apetites. 

Assim, livre do obscurecimento das paixões, a inteligência esclarecida poderá conhecer a verdade e descobrir o mal escondido sob um falso prazer, e ver o bem coberto, às vezes, com uma aparência de mal. 

Mas, se a vontade, logo de início, se vê inclinada a amar ou aborrecer a coisa, a mente não pode discernir bem. 

O afeto ofusca a lucidez da inteligência, que não estimará o objeto pelo que de fato ele é. E apresentando, depois, o seu juízo falso à vontade, essa se moverá, com mais violência que antes, a amar ou a odiar a coisa, contra qualquer lei ou regra da razão

E, mais e mais, com este afeto, se obscurece a inteligência. E, assim, obscurecida, julgará o objeto, à primeira ocasião, ainda mais amável ou odioso. 

É de grande importância que leve em conta esta regra. Em caso contrário, estas duas potências, a inteligência e a vontade, tão nobres e excelentes, virão infelizmente a caminhar nas trevas e no erro, e sempre em mais fortes trevas e sempre em maiores erros.

Guarda-te, pois, filha, com toda a vigilância, de qualquer afeto desordenado, seja por que coisa for. Após examinar bem o objeto, tratarás de apurar aquilo que verdadeiramente a coisa é, com a luz da inteligência, principalmente, com a da graça, da oração e do juízo de teu padre espiritual. 

O que deves observar muito, mais que outras coisas, são tuas obras boas. Pois nestas, justamente por serem boas e santas, há mais perigo de engano e de indiscrição de nossa parte. 

Por qualquer circunstância de tempo, de lugar ou de medida, ou por imprudência no cumprimento de alguma ordem, estas ações podiam, às vezes, te ser bem nocivas. E já é sabido que muitos periclitaram em exercícios louváveis e santíssimos." 




Excerto do livro "Combate espiritual e o Caminho para o Paraíso"
do Ven. Servo de Deus PADRE LOURENÇO SCÚPOLI



 
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